domingo, 8 de abril de 2007

O Livro

Flores do campo é o nome do livro de Amélia Rodrigues Vieira Marques publicado em Junho de 2003.

Se gostarem dos poemas aqui publicados podem comprar o livro. Contacte-me para comprar com desconto sobre o preço de editora (Editorial Minerva).

Solidão

A vida só é bela
quando a vida o brilho tem
deixa de ser bela a vida
quando não se tem ninguém.

Vida é ter o sol que aquece
e luz que nos ilumine
vida é ter abrigo e afecto
de alguém que nos estime.

Ficam as lágrimas e a saudade
quando parte o nosso amor
e quanto mais tempo passa
maior é a nossa dor.

No meu canto solitário
ao meu pranto eu dou largas
me sinto aliviada
vertendo as minhas lágrimas.

A minha janela eu abro
para entrar um raio de luz
olho o azul do Firmamento
peço as graças a Jesus.

Ai, solidão, solidão,
és tão grande e não te vejo!
mas te sinto a toda a hora.
Ai, solidão, solidão,
quem dera partir agora.

Amélia Marques
In FLORES DO CAMPO

Recordação de um feliz passeio ao Parque de Monserrate - Sintra

Felizmente que ainda nos restam lindíssimos e pitorescos cantinhos
onde possamos repousar das fadigas do dia a dia.
E também desanuviar o espírito que tão exausto anda com0 labirinto
da cidade.
Apelo pois ao bom senso e sensibilidade humana, não acabe de
destruir as maravilhas que tão preciosas são ao País.
Das quais não podemos prescindir.

Como é linda a Natureza!
Aqui se respira o ar puro
Tudo é silêncio, tudo é frescura
Tudo é beleza.

Amélia Marques
In FLORES DO CAMPO

Férias em Caxarias

Quando vou a Caxarias, não é sem emoção que olho a casa onde
passei parte de minha infância.
Outrora Pensão Trezentos. Hoje, drogaria.
Foi ali que aprendi certas regras, foi ali que aprendi as primeiras
letras, foi ali que brincava as cozinheiras e também com as minhas bonecas.
Enfim, foi ali que também recebi os carinhos dos meus saudosos tios,
Manuel e Piedade
Bem hajam.

Caxarias, modesta e franca
Que bem sabe receber
Uma só coisa te falta,
Um lindíssimo jardim
Para as horas de lazer.

Amélia Marques
In FLORES DO CAMPO

Aos jovens do meu País

Por todos vós, sinto um sentimento profundo
Nunca se tentem na droga
É a desgraça do mundo.

A vida é tão preciosa
É para ser bem vivida
E não para ser destroçada,
É tempo do chão se erguerem
P’ra vida não desgraçada.

Enquanto é tempo é recuar
Dos malefícios que vos destroem
E dar um pouco de felicidade
Aos corações que por vós se doem.

Há o Sol que vos espreita
Se estiverem bem atentos
Ao vosso espírito dá luz
Para acabar tais tormentos.

Serão menos infelizes
Se o Firmamento souberem olhar
Na vida nem tudo é escuro
A droga tem que acabar.

Como a juventude é bela!
Quando saudável é vivida,
Mas, se desencaminhada...
Tenha a conduta devida.

Somos o espelho uns dos outros
Onde nós nos reflectimos
Que o bom espelho não se quebre
Do mau nós prescindimos.

Amélia Marques
In FLORES DO CAMPO

Mamarracho

Construir um mamarracho
No centro de Sapadores?!
Foi uma ideia infeliz,
Denota a falta de estética
De quem governa o País.

Não façam mais mamarrachos!
Plantai árvores, zonas verdes
Lindos e saudáveis espaços.

Cada árvore plantada
É mais riqueza que vem,
Não só pelos seus derivados
Mas sim, aos nossos pulmões faz bem.

Na Rua dos Sapadores
Há árvores a embelezar
Entre as quais se ergue o choupo
Aos céus parece chegar.

Ao cimo da minha rua
Oiço o canto dos passarinhos,
Entre a viçosa verdura
Onde constroem seus ninhos.

Amélia Marques
In FLORES DO CAMPO